Osasco celebra seu 1° casamento gay em um cartório da cidade

Na manhã de ontem (12), a enfermeira Mari Zila, 40, e a bancária aposentada Elizabeth Oliveira, 55, celebraram o primeiro casamento gay da cidade de Osasco. A cerimônia, realizada no 2° Cartório de Registro Civil de Osasco, foi acompanhada por cerca de 15 convidados, além da equipe que registrou a cerimônia em vídeo e foto.

As duas se conhecem há cinco anos e moram juntas desde 2010, quando também decidiram abrir um bar voltado ao público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros), no centro de Osasco.

Para o casamento, Zila usou um vestido de noiva branco, decorado com tecidos coloridos, que faziam referência à bandeira do arco-íris, símbolo do movimento LGBT. De mãos dadas, e visivelmente ansiosa, Beth trajava um terninho preto e levava um lenço azul no bolso do paletó.

A cerimônia começou por volta das 11h e foi realizada dentro de uma sala de vidros, na entrada do cartório, que podia ser observada por quem passava no local. A mesa onde as noivas assinaram o documento de oficialização da união civil foi coberta por uma bandeira do arco-íris, que não deixava esquecer que se tratava de um casamento homossexual.




Após assinarem a documentação, a atendente do cartório desejou sorte para as duas e disse que o casamento representava um marco na Justiça da região. Mari e Beth receberam os cumprimentos dos amigos e familiares e, com o registro em mãos, declararam se sentir seguras. “Parece que dá mais segurança. Isso garante alguns direitos e encoraja muitos outros casais”, disse Beth.

Os filhos de Mari, de seu primeiro casamento, também compareceram para apoiar a nova empreitada da mãe. “Ela é uma ótima mãe, nunca faltou no que precisava. Isso é o que importa. Sou evangélico e acredito que Deus deu o livre arbítrio para cada um decidir o que quer fazer da sua vida”, comentou Jodi, 22, o filho mais velho.

Após tirarem fotos mostrando as alianças, o certificado de união civil e o clássico beijo, as duas foram recebidas por um banho de arroz na saída do cartório. “Vamos sair de lua-de-mel sem destino. Só temos que voltar na quarta-feira para abrir o bar de novo”, explicou Mari.

Marilza, uma senhora que caminhava pela calçada da rua Pedro Fioretti, ficou curiosa com a movimentação, e ao saber que se tratava de um casamento gay, demonstrou naturalidade. “Achei legal e bonito. Se elas querem isso, por que não vamos deixar?”, questionou a senhora.

Fonte: Diário da Região





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